| 29 de setembro de 2019 |

“Eu sou a aula de vocês na prática”. Assim começou o primeiro dia de aula de um curso de compliance em uma escola na zona sul de São Paulo. Aos novos colegas de turma, o aluno experiente levantou a barra da calça jeans até a altura da canela e mostrou a tornozeleira eletrônica que usava. Condenado pela Operação Lava Jato por crimes de corrupção, ele é um dos ao menos três ex-diretores da Odebrecht obrigados a cumprir 40 horas anuais de aulas de boas práticas corporativas, o chamado compliance, segundo determinação da Justiça. Na sala de aula, engenheiros, promotores de Justiça e muitos advogados, dentre eles Joana D’Arc da Silva, ex-mulher do doleiro Alberto Youssef, também condenado. Assim como os demais alunos —exceto o delator—, Joana D’Arc fazia o curso livremente, e não por determinação da Justiça.

Além dos cursos e do uso das tornozeleiras eletrônicas, em São Paulo, 24 réus da Lava Jato são obrigados a prestar serviços comunitários como parte da pena, que varia entre eles. Semanalmente, delatores se esbarram na sede administrativa da Justiça Federal de São Paulo, onde realizam trabalhos burocráticos, como a produção de planilhas de Excel no computador. O programa de prestação de serviços comunitários é coordenado pela Central de Penas e Medidas Alternativas da Justiça Federal de São Paulo, a CEPEMA, e vale para qualquer pessoa condenada a até quatro anos por crimes não violentos —corrupção, lavagem de dinheiro, contrabando e fraudes no INSS e outros sistemas, por exemplo.

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